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sábado, 5 de julho de 2025

GELO NA PISTA:

Como dirigir com segurança em dias de frio extremo: O problema é que esse tipo de gelo é praticamente imperceptível, confundindo-se com a superfície da pista. Com a chegada do inverno e a queda acentuada das temperaturas em várias regiões do Brasil, aumenta o risco de um inimigo invisível nas estradas: o gelo sobre o asfalto. Embora mais comum nas regiões Sul e em pontos serranos de estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a formação de gelo — também chamada de “gelo negro” — pode surpreender motoristas desprevenidos em trechos de serra, pontes e rodovias com pouca incidência solar.


O problema é que esse tipo de gelo é praticamente imperceptível, confundindo-se com a superfície da pista. Quando o veículo passa por essa área congelada, a aderência dos pneus com o solo é drasticamente reduzida, aumentando o risco de derrapagens, perda de controle e sinistros de trânsito.


O que é o “gelo negro”?

Apesar do nome, o “gelo negro” (ou black ice, em inglês) não é realmente preto — o que acontece é que ele forma uma camada tão fina e transparente que assume a cor da pista, especialmente do asfalto escuro. Por isso, o motorista só percebe sua presença quando já está em cima ou quando sente o veículo deslizar. Esse fenômeno ocorre principalmente durante as madrugadas e nas primeiras horas da manhã, quando as temperaturas estão mais baixas. Pontes, viadutos e trechos sombreados da pista são os locais mais propensos à formação desse tipo de gelo.


DICAS PARA DIRIGIR COM SEGURANÇA QUANDO HÁ RISCO DE GELO NA PISTA:

1. Reduza a velocidade. Em condições de frio intenso, trafegar em velocidade reduzida é a principal estratégia de prevenção. Quanto maior a velocidade, maior a distância de frenagem — e, com gelo, essa distância pode ser até 10 vezes maior do que em pista seca.


2. Evite freadas e acelerações bruscas. Manobras repentinas desequilibram o carro em uma pista com baixa aderência. Mantenha movimentos suaves e progressivos no volante, nos pedais e na troca de marchas.


3. Aumente a distância do veículo à frente. A distância segura em condições normais pode não ser suficiente se houver gelo. Mantenha pelo menos o dobro da distância usual. Isso dá mais tempo para reagir e evita colisões em cadeia.


4. Use marchas mais altas em subidas e descidas. Quando for subir ou descer uma ladeira com possível formação de gelo, opte por marchas mais altas para reduzir o torque e evitar que as rodas patinem.


5. Esteja atento à sinalização e às condições do tempo. Trechos de serra ou próximos a áreas rurais costumam ter placas de advertência para risco de gelo. Fique atento também às informações meteorológicas e, se possível, evite circular nos horários mais frios do dia.


6. Em caso de derrapagem, mantenha a calma e não freie com força. Se o carro começar a deslizar, tire o pé do acelerador, segure firme o volante e evite travar as rodas. Se for necessário frear, faça isso de maneira suave, preferencialmente com o uso do freio motor.


E os veículos? Estão preparados?

A manutenção preventiva também é essencial para dirigir com segurança no frio. Pneus com desgaste acentuado, por exemplo, têm menor aderência e ampliam o risco de aquaplanagem e perda de controle. O mesmo vale para sistemas de freios e suspensão. Outro ponto importante é verificar o nível e a condição do líquido de arrefecimento (popularmente chamado de “água do radiador”), pois ele evita o congelamento do motor em temperaturas muito baixas. Em regiões com frio mais severo, recomenda-se o uso de aditivos específicos para essas condições.


Experiência de países mais frios: o que podemos aprender?

Em países como Canadá, Suécia e Noruega, onde o gelo e a neve são comuns, o uso de pneus de inverno ou com cravos metálicos é obrigatório em certas épocas do ano. No Brasil, essa exigência não existe, mas motoristas que vivem ou trafegam em áreas de altitude elevada podem considerar a troca de pneus por modelos com maior tração. Além disso, nessas regiões, é comum o treinamento específico para direção em superfícies escorregadias — algo que ainda é raro na formação dos condutores brasileiros, mas que pode ser um diferencial importante.


A SEGURANÇA COMEÇA COM A INFORMAÇÃO:

Conforme especialistas, dirigir em pista congelada exige conhecimento, atenção redobrada e prudência. A conscientização dos motoristas sobre os riscos do frio extremo é essencial para reduzir sinistros nessa época do ano.


“Condições climáticas adversas, como o gelo na pista, desafiam a habilidade e o bom senso do condutor. Mais do que técnica, é preciso atitude preventiva: reduzir a velocidade, aumentar a distância e reconhecer os próprios limites ao volante.” Comenta o especialista em trânsito Celso Mariano.


Importante.

Se estiver em uma região com previsão de geada ou neve, considere adiar a viagem para um horário mais seguro, sempre que possível. A segurança deve vir sempre em primeiro lugar.



Portal do Trânsito



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