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quinta-feira, 23 de novembro de 2023

CONSCIENTIZAÇÃO:

ENTIDADES MÉDICAS LANÇAM ALIANÇA BRASILEIRA PELA SAÚDE E SEGURANÇA NO TRÂNSITO:

Em um esforço conjunto inédito para combater a crescente violência no trânsito brasileiro, a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (ABRAMET) e a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) lançaram na semana passada, em Brasília, a Aliança Brasileira pela Saúde e Segurança no Trânsito (ABSAT). A iniciaIva, que reúne líderes de diversas entidades, tem como objetivo promover ações de prevenção em consonância a meta da Organização das Nações Unidas (ONU) de reduzir em 50% o número de mortes e lesões graves no trânsito até 2030.


DÉCADA DO TRÂNSITO 2021-2030:

Em março de 2010, a Assembleia-Geral das Nações Unidas editou uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a Década de Ação pela Segurança no Trânsito. O objetivo era conscientizar os países a adotarem medidas concretas para reduzir os alarmantes números de mortalidade no trânsito. Na época do lançamento da campanha da ONU, o Brasil era o quinto país com mais mortes de trânsito no mundo. Ou seja, com cerca de 40 mil mortes anuais e mais de 300 mil feridos no trânsito.


Apesar de a resolução da ONU não ter caráter mandatório, a maioria dos países no mundo se alinhou com os objetivos traçados pela organização. Com engajamento diversificado entre as várias unidades federaIvas, houve mobilização de grande parte das instituições gestoras de trânsito nas três esferas de poder por ocasião do lançamento desta campanha global. Diante da persistência de desafios e tragédias no âmbito da segurança viária ao redor do mundo, a ONU reconheceu a necessidade de uma continuidade nas ações. Ou seja, em 2021, reafirmou-se a meta, com um amplo escopo de ações que os países deveriam seguir e estipulando novas para 2030.


PANORAMA NACIONAL:

Recente estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostra que, no período de 2010 a 2019, houve o registro de cerca de 392 mil mortes em sinistros de transporte terrestre no Brasil. Em termos de mortes absolutas, houve um aumento de 13,5% em relação à década passada (2000-2009), frustrando a meta estabelecida pela ONU de redução de 50% no total das mortes. Entretanto, em termos de taxa de mortalidade por 100 mil habitantes, os índices praticamente permaneceram no mesmo patamar da década anterior. De acordo com o IPEA, houve pequeno aumento de 2,3%. Isso demonstra que a campanha da primeira década voltada para redução da mortalidade do trânsito estipulada pela ONU não teve resultados práticos no Brasil.


Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA

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