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sábado, 12 de julho de 2025

CIDADANIA EM MOVIMENTO:

CIDADANIA EM MOVIMENTO: Do carrinho de compras à direção responsável. Em artigo da jornalista Bianca Monteiro, atitudes cotidianas revelam como a cidadania e o respeito coletivo começam fora do volante — e fazem toda a diferença também no trânsito.


No trânsito, não somos apenas condutores, pedestres, ciclistas ou passageiros — somos cidadãos em movimento, partilhando um espaço comum que exige mais do que regras: exige respeito, empatia e cooperação. Cada pessoa é parte ativa do sistema viário, e seu comportamento impacta diretamente a segurança coletiva. Ser cidadão no trânsito é reconhecer-se como sujeito de direitos e deveres, como alguém que compartilha a via pública com outros seres humanos igualmente vulneráveis e dignos de cuidado.


A civilidade no trânsito se manifesta nas escolhas diárias: ceder a passagem, respeitar o pedestre, evitar atitudes agressivas, manter a atenção, desacelerar, aceitar o tempo do outro. Esses gestos, embora simples, são expressões concretas de responsabilidade social. E vão além do cumprimento da lei — são sinais de que

entendemos a convivência como uma construção coletiva. A segurança viária, conforme preconiza o PNATRANS, depende da atuação integrada do poder público e da sociedade. E nessa engrenagem, o cidadão é peça-chave: não apenas como beneficiário das políticas públicas, mas como coparticipante de sua efetividade.


Em tempos em que o desafio da redução de sinistros exige novas estratégias, o chamado à cidadania cooperativa se faz ainda mais necessário. Não se trata apenas de evitar punições, mas de cultivar valores que fortalecem o tecido social: solidariedade, responsabilidade e o compromisso com a vida.


Uma forma simples de compreender esse papel coletivo é observar quem somos no dia a dia — por exemplo, no estacionamento do supermercado. A cena é comum: depois de colocar as compras no carro, algumas pessoas deixam o carrinho largado entre os veículos, ocupando vagas ou dificultando a passagem. Outras o levam até o local apropriado, mesmo que isso signifique andar alguns metros a mais. Pode parecer banal, mas essa pequena atitude diz muito sobre nosso grau de civilidade, empatia e consciência comunitária.


Esse exemplo cotidiano ilustra com clareza o que significa ser cidadão em uma comunidade: pensar no outro, facilitar a vida de quem vem depois, colaborar com os trabalhadores do local e evitar pequenos transtornos que, somados, podem gerar grandes conflitos.


No trânsito, o princípio é o mesmo. Você é a pessoa que respeita a faixa de pedestres ou a que acelera para passar antes? A que reduz a velocidade perto de uma escola ou a que buzina impaciente? A que facilita a passagem ou a que fecha o cruzamento?


Ser cidadão no trânsito — assim como no estacionamento — é entender que o espaço é compartilhado. Cada gesto de cuidado contribui para um ambiente mais funcional, seguro e respeitoso. A convivência melhora quando assumimos nossa parte na engrenagem social, sem esperar que uma regra ou punição nos obrigue a fazer o certo. No fim das contas, civilidade é isso: agir corretamente mesmo quando ninguém está olhando. E no trânsito, isso pode significar a diferença entre a vida e um sinistro fatal.


Quem é você no trânsito e no mercado? O que coopera sem ser chamado ou o que larga o carrinho de qualquer lado?



Artigo da jornalista Bianca Monteiro, e

Portal do Trânsito

sábado, 5 de julho de 2025

GELO NA PISTA:

Como dirigir com segurança em dias de frio extremo: O problema é que esse tipo de gelo é praticamente imperceptível, confundindo-se com a superfície da pista. Com a chegada do inverno e a queda acentuada das temperaturas em várias regiões do Brasil, aumenta o risco de um inimigo invisível nas estradas: o gelo sobre o asfalto. Embora mais comum nas regiões Sul e em pontos serranos de estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a formação de gelo — também chamada de “gelo negro” — pode surpreender motoristas desprevenidos em trechos de serra, pontes e rodovias com pouca incidência solar.


O problema é que esse tipo de gelo é praticamente imperceptível, confundindo-se com a superfície da pista. Quando o veículo passa por essa área congelada, a aderência dos pneus com o solo é drasticamente reduzida, aumentando o risco de derrapagens, perda de controle e sinistros de trânsito.


O que é o “gelo negro”?

Apesar do nome, o “gelo negro” (ou black ice, em inglês) não é realmente preto — o que acontece é que ele forma uma camada tão fina e transparente que assume a cor da pista, especialmente do asfalto escuro. Por isso, o motorista só percebe sua presença quando já está em cima ou quando sente o veículo deslizar. Esse fenômeno ocorre principalmente durante as madrugadas e nas primeiras horas da manhã, quando as temperaturas estão mais baixas. Pontes, viadutos e trechos sombreados da pista são os locais mais propensos à formação desse tipo de gelo.


DICAS PARA DIRIGIR COM SEGURANÇA QUANDO HÁ RISCO DE GELO NA PISTA:

1. Reduza a velocidade. Em condições de frio intenso, trafegar em velocidade reduzida é a principal estratégia de prevenção. Quanto maior a velocidade, maior a distância de frenagem — e, com gelo, essa distância pode ser até 10 vezes maior do que em pista seca.


2. Evite freadas e acelerações bruscas. Manobras repentinas desequilibram o carro em uma pista com baixa aderência. Mantenha movimentos suaves e progressivos no volante, nos pedais e na troca de marchas.


3. Aumente a distância do veículo à frente. A distância segura em condições normais pode não ser suficiente se houver gelo. Mantenha pelo menos o dobro da distância usual. Isso dá mais tempo para reagir e evita colisões em cadeia.


4. Use marchas mais altas em subidas e descidas. Quando for subir ou descer uma ladeira com possível formação de gelo, opte por marchas mais altas para reduzir o torque e evitar que as rodas patinem.


5. Esteja atento à sinalização e às condições do tempo. Trechos de serra ou próximos a áreas rurais costumam ter placas de advertência para risco de gelo. Fique atento também às informações meteorológicas e, se possível, evite circular nos horários mais frios do dia.


6. Em caso de derrapagem, mantenha a calma e não freie com força. Se o carro começar a deslizar, tire o pé do acelerador, segure firme o volante e evite travar as rodas. Se for necessário frear, faça isso de maneira suave, preferencialmente com o uso do freio motor.


E os veículos? Estão preparados?

A manutenção preventiva também é essencial para dirigir com segurança no frio. Pneus com desgaste acentuado, por exemplo, têm menor aderência e ampliam o risco de aquaplanagem e perda de controle. O mesmo vale para sistemas de freios e suspensão. Outro ponto importante é verificar o nível e a condição do líquido de arrefecimento (popularmente chamado de “água do radiador”), pois ele evita o congelamento do motor em temperaturas muito baixas. Em regiões com frio mais severo, recomenda-se o uso de aditivos específicos para essas condições.


Experiência de países mais frios: o que podemos aprender?

Em países como Canadá, Suécia e Noruega, onde o gelo e a neve são comuns, o uso de pneus de inverno ou com cravos metálicos é obrigatório em certas épocas do ano. No Brasil, essa exigência não existe, mas motoristas que vivem ou trafegam em áreas de altitude elevada podem considerar a troca de pneus por modelos com maior tração. Além disso, nessas regiões, é comum o treinamento específico para direção em superfícies escorregadias — algo que ainda é raro na formação dos condutores brasileiros, mas que pode ser um diferencial importante.


A SEGURANÇA COMEÇA COM A INFORMAÇÃO:

Conforme especialistas, dirigir em pista congelada exige conhecimento, atenção redobrada e prudência. A conscientização dos motoristas sobre os riscos do frio extremo é essencial para reduzir sinistros nessa época do ano.


“Condições climáticas adversas, como o gelo na pista, desafiam a habilidade e o bom senso do condutor. Mais do que técnica, é preciso atitude preventiva: reduzir a velocidade, aumentar a distância e reconhecer os próprios limites ao volante.” Comenta o especialista em trânsito Celso Mariano.


Importante.

Se estiver em uma região com previsão de geada ou neve, considere adiar a viagem para um horário mais seguro, sempre que possível. A segurança deve vir sempre em primeiro lugar.



Portal do Trânsito



quinta-feira, 3 de julho de 2025

CELULAR:

MULTITAREFA AO VOLANTE: O QUE O CELULAR TIRA DA SUA ATENÇÃO (E do seu tempo de reação)?

Uso do celular ao dirigir continua entre os principais fatores de risco no trânsito e expõe a falsa sensação de controle que muitos condutores têm ao tentar fazer duas coisas ao mesmo tempo.


Mesmo após campanhas educativas como o Maio Amarelo e o reforço na fiscalização, o uso do celular ao volante ainda é um dos maiores desafios à segurança viária no Brasil. A prática de enviar mensagens, fazer ligações, mexer em aplicativos de navegação ou redes sociais enquanto dirige está diretamente ligada a falta de atenção no trânsito e ao aumento no número de sinistros com vítimas. O comportamento é tão perigoso que especialistas em trânsito classificam o celular como um dos “novos vilões invisíveis” das rodovias e ruas urbanas - e alertam para o mito da multitarefa.


“O cérebro humano não foi projetado para fazer duas tarefas complexas ao mesmo tempo com eficiência. O que acontece, na prática, é uma rápida alternância entre uma tarefa e outra, e isso compromete a atenção no trânsito.”


O celular desvia atenção em três níveis:

De acordo com estudos internacionais de segurança viária, o uso do celular ao dirigir compromete o comportamento do motorista em três níveis principais de atenção:

1. Visual: o condutor desvia os olhos da via para olhar a tela.

2. Manual: uma das mãos (ou ambas) deixa o volante para segurar o celular ou digitar.

3. Cognitivo: a atenção mental se volta à conversa, mensagem ou conteúdo no dispositivo.


Essas distrações aumentam drasticamente o tempo de reação em caso de imprevistos. De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), usar o celular ao volante pode elevar em até 400% o risco de sinistros. “Mesmo uma interação rápida com o celular - como olhar uma notificação - representa um risco. A 60 km/h, tirar os olhos da via por 3 segundos significa percorrer cerca de 50 metros às cegas.”


Tempo de reação comprometido:

Pesquisas mostram que o tempo de resposta de um motorista focado gira em torno de 1 segundo. Quando há distrações cognitivas, esse tempo pode dobrar ou triplicar. Ou seja: o condutor demora mais para frear, desviar de obstáculos ou perceber mudanças no trânsito.


Além disso, os motoristas que usam celular:

* Fazem freadas bruscas com mais frequência.

* Têm maior dificuldade de manter a velocidade constante.

* Tendem a desrespeitar a sinalização sem perceber.

Esses fatores aumentam o risco não apenas de colisões traseiras, mas também de atropelamentos e saídas de pista. Penalidades previstas na legislação No Brasil, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) considera gravíssima a infração por manusear o celular enquanto dirige. Desde 2016, com a Lei nº 13.281, o artigo 252, inciso VI, prevê:

* Multa de R$ 293,47

* Perda de 7 pontos na CNH


Além disso, o artigo 169 do CTB também enquadra como infração leve qualquer atitude que comprometa a atenção ao dirigir, o que pode incluir o uso do celular em viva-voz ou via fones.


De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária, mais de 90% dos sinistros têm origem em falha humana - e boa parte deles está relacionada a comportamentos distraídos. Somado a isso, a hiperconectividade cotidiana - impulsionada por mensagens instantâneas, redes sociais e notificações constantes - cria um ambiente em que se desligar do celular parece impossível, mesmo ao

volante.


Educação e conscientização: o papel de todos:

Campanhas educativas, fiscalização e tecnologia têm papel fundamental para combater o uso do celular ao volante. Porém, a mudança mais eficaz ainda vem da auto percepção do risco e da valorização da vida.




Por: Celso Mariano, especialista em educação para o trânsito e diretor do Portal do Trânsito.








terça-feira, 24 de junho de 2025

SEGURANÇA NO TRÂNSITO:

REPRESENTANTE ESPECIAL DA ONU VISITA BRASIL PARA PROMOVER CAMPANHA GLOBAL POR MAIS SEGURANÇA NO TRÂNSITO:

Iniciativa das Nações Unidas destaca urgência de medidas para salvar vidas nas vias e promover mobilidade segura em toda a América Latina. O Brasil está entre os protagonistas de uma nova mobilização global em favor da segurança viária. Nesta semana, o enviado especial do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Segurança no Trânsito, Jean Todt, desembarca no país para impulsionar a campanha mundial #MakeASafetyStatement - traduzida como “Faça da Segurança uma Marca”.


A ação é parte de uma missão oficial pela América Latina, com eventos programados também no México, Guatemala, Panamá e Colômbia. O objetivo é claro: chamar atenção para o alto número de mortes no trânsito e incentivar ações efetivas que garantam mais segurança nas ruas e estradas do continente.


Um problema que ultrapassa fronteiras:

De acordo com dados da ONU, cerca de 1,19 milhão de pessoas morrem anualmente em sinistros de trânsito em todo o mundo. Esse número impressionante equivale, por exemplo, à população total de uma cidade como Campinas (SP). Só nas Américas, foram mais de 145 mil vidas perdidas em 2021, representando 12% das mortes globais no trânsito naquele ano.


A situação é particularmente grave na América Latina, onde a taxa média de mortalidade no trânsito é de 15,7 por 100 mil habitantes. Os mais vulneráveis são os pedestres, ciclistas e motociclistas - que juntos correspondem a 61% das vítimas fatais nas vias da região.


Campanha foca em ações concretas e urgentes:

Durante sua visita, Jean Todt se reunirá com representantes de governos, setor privado, organismos internacionais e sociedade civil. A mensagem central da campanha é a urgência de implementar políticas públicas eficazes e sustentáveis de segurança no trânsito.


Além da perda irreparável de vidas, os sinistros de trânsito impõem um custo econômico altíssimo: segundo estimativas da ONU, eles representam cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) global. No contexto das Américas, esse impacto varia entre 3% e 6% do PIB, conforme dados do Banco Mundial.


Desafios e oportunidades no Brasil:

No Brasil, iniciativas como o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS) e diversas leis de trânsito buscam reverter o cenário preocupante. 


Entre as medidas já previstas estão:

* Obrigatoriedade do uso de capacete para motociclistas;

* Sistemas de retenção adequados para crianças;

* Limitação da velocidade em vias urbanas e rodovias;

* Combate à direção sob influência de álcool e drogas;

* Proibição do uso do celular ao volante.


No entanto, ainda há lacunas importantes, especialmente quanto à fiscalização da velocidade e ao uso do cinto de segurança no banco traseiro, que continuam sendo negligenciados por muitos condutores e passageiros. Um relatório da Bloomberg Philanthropies revelou que mais de 25 mil vidas poderiam ser salvas e cerca de 170 mil ferimentos graves evitados até 2030 se as normas de trânsito fossem efetivamente aplicadas em países-chave da região - incluindo o Brasil.


Replanejar a mobilidade é essencial:

De acordo com a ONU, repensar a mobilidade urbana é um passo indispensável para o desenvolvimento sustentável nas cidades latino-americanas, uma das regiões mais urbanizadas do mundo.


Entre as soluções apontadas estão:

* Reforço na fiscalização e aplicação das leis de trânsito;

* Educação para o trânsito, desde a infância;

* Melhoria na infraestrutura viária, incluindo sinalização, iluminação e pavimentação;

* Investimento em transporte público de qualidade;

* Ampliação de ciclovias e calçadas acessíveis, especialmente ao redor de escolas;

* Aprimoramento no atendimento pós-acidente, com socorro rápido e eficiente.


Compromisso político e social da ONU com a segurança no trânsito:

A mobilização promovida por Jean Todt enfatiza que nenhuma política de segurança viária será eficaz sem o engajamento das lideranças políticas e a alocação adequada de recursos. É preciso transformar o discurso em ação, com metas claras, financiamento robusto e participação ativa da sociedade.


Com essa campanha, a ONU busca fortalecer o compromisso global com a Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2021-2030), cuja meta é reduzir pela metade o número de mortes e lesões no trânsito até o fim da década. O Brasil, ao receber o enviado especial da ONU, tem a chance de renovar seu protagonismo nesse tema urgente e de interesse coletivo. A segurança viária não pode mais esperar.


Portal do Trânsito



sábado, 21 de junho de 2025

LEI SECA COMPLETOU 17 ANOS:

O marco que mudou a relação do brasileiro com álcool e direção, desde que entrou em vigor, a Lei Seca trouxe mudanças significativas na legislação e fiscalização.


No dia 19 de junho de 2025, a Lei nº 11.705, de 2008 - popularmente conhecida como Lei Seca - completou 17 anos. Aprovada com o objetivo de coibir um dos comportamentos mais letais no trânsito, a combinação entre álcool e direção, essa legislação se tornou uma referência entre as políticas públicas voltadas à segurança viária no Brasil.


De lá para cá, o país avançou muito, mas ainda enfrenta desafios. O comportamento de beber e dirigir continua sendo uma das principais causas de mortes e feridos graves em nossas ruas e estradas. A Lei Seca, no entanto, foi um divisor de águas. Ao estabelecer a tolerância zero para o álcool ao volante, ela redefiniu os limites do que é aceitável em termos de conduta no trânsito.


“Antes da Lei Seca, muitos brasileiros ainda tratavam com normalidade o hábito de consumir bebida alcoólica e assumir o volante. A norma veio romper essa cultura. Mais que endurecer as punições, ela nos fez repensar valores”.


Educação, fiscalização e responsabilidade, desde que entrou em vigor, a Lei Seca trouxe mudanças significativas na fiscalização. Além do aumento das multas e da possibilidade de suspensão da habilitação, a lei também permitiu que a embriaguez fosse constatada por outros meios além do bafômetro - como vídeos, testemunhos e sinais visíveis de alteração.


Resultados visíveis, mas o desafio continua:

Embora os dados iniciais após a promulgação da lei tenham indicado uma redução significativa no número de sinistros fatais relacionados ao álcool, o Brasil ainda convive com índices alarmantes. Conforme especialistas, parte da população ainda resiste à mudança de comportamento, especialmente em locais com menor presença do poder público e menos ações educativas permanentes.


Escola como aliada da segurança viária:

Um dos pontos fortes da luta contra a violência no trânsito é a atuação educativa nas escolas. O Programa Conexão DNIT, por exemplo, tem sido um aliado importante nesse processo. Por meio de atividades interdisciplinares, o projeto leva o tema da Lei Seca para o ambiente escolar, abordando desde os impactos estatísticos do álcool no trânsito até experiências lúdicas e vivências que despertam a consciência crítica dos estudantes.


Na atividade “Futebol da Lei Seca”, alunos do Ensino Fundamental participam de uma dinâmica em que giram antes de tentar marcar um gol, simulando os efeitos da desorientação provocada pelo álcool. Já no Ensino Médio, os estudantes são desafiados a analisar dados reais sobre sinistros de trânsito e compreender, com base em matemática e estatística, os impactos positivos da legislação.


De acordo com o próprio DNIT, este programa se consagrou como uma ferramenta essencial na luta contra as mortes no trânsito, ao fortalecer o papel da escola na formação de cidadãos conscientes - articulando conhecimento, vivências e valores sociais desde as etapas iniciais da vida escolar, alinhado à BNCC e em consonância com os princípios internacionais de segurança viária.


Uma mudança cultural em curso:

Apesar dos avanços conquistados nesses 17 anos de Lei Seca, a luta por um trânsito mais seguro está longe de acabar. O Brasil ainda registra, diariamente, dezenas de vidas perdidas em circunstâncias evitáveis. A consolidação de uma cultura de paz no trânsito depende de ações contínuas, fiscalização firme, educação de qualidade e do envolvimento de todos.


A Lei Seca permanece como uma das mais importantes ferramentas nesse processo. Não apenas por punir quem desrespeita a lei, mas por provocar uma reflexão coletiva sobre responsabilidade, respeito e empatia no trânsito. “Nenhuma morte no trânsito é aceitável. E toda política que salva vidas deve ser valorizada. A Lei Seca não é uma medida isolada: ela faz parte de um conjunto de atitudes que precisamos tomar, todos os dias, para garantir que nossos caminhos sejam mais humanos e seguros”.


Portal do Trânsito

domingo, 8 de junho de 2025

MUDANÇA NA CNH :

MUDANÇA NA CNH DETERMINA EXAME TOXICOLÓGICO PARA PRIMEIRA HABILITAÇÃO: Texto ainda aguarda sanção do presidente Lula.


O projeto de lei que destina parte dos recursos arrecadados com multas de trânsito para a formação de condutores de baixa renda também determina a obrigatoriedade de realização de exame toxicológico para primeira CNH nas categorias “A” e “B”.


Atualmente, a exigência do toxicológico é somente para os condutores de categorias C, D e E, seja na primeira habilitação ou nas renovações da CNH. Agora, quem for tirar a primeira habilitação deverá apresentar o exame toxicológico negativo. Ele será realizado em clínicas credenciadas pelo órgão de trânsito, com análise retrospectiva mínima de 90 dias.


O projeto permite que as clínicas médicas cadastradas para fazer exames de aptidão física e mental façam coleta de material para realização do exame toxicológico. Este será realizado em laboratório credenciado. Utiliza-se o exame para a detecção de anfetaminas (anfetamina, metanfetamina, MDA, MDMA, anfepramona, femproporex), mandizol, canabinoides (Carboxy THC) e opiáceos (cocaína, benzoilecgonina, cocaetileno, norcocaína, opiáceos, morfina, codeína e heroína). A validade do exame toxicológico também é de 90 dias, contados a partir da data da coleta da amostra.


OBS.: Serão beneficiadas as pessoas de baixa renda que estejam no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).


O custeio, previsto no projeto, abrangerá as taxas e demais despesas relativas ao processo de formação de condutores e ao documento de habilitação. Atualmente, a legislação de trânsito prevê que se deve aplicar os recursos provenientes de multas exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito.


Transferência:

O projeto permite ainda a realização de transferência de veículos em plataforma eletrônica. Ou seja, com o contrato de compra e venda referendado por assinaturas digitais qualificadas ou avançadas. O texto diz que o processo poderá ocorrer junto a plataformas dos DETRANs ou da Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN). Neste último caso, o processo terá validade em todo o território nacional e os DETRANs terão a obrigatoriedade de acatar.


Deve-se realizar a assinatura eletrônica avançada dos contratos de compra e venda de veículos por meio de plataforma de assinatura homologada por esses órgãos. A regulamentação será do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).


As informações são da Agência Brasil, e

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